ELLO Digital Brasil

Lembro muito bem nos meus primeiros anos de entendimento das coisas, que íamos para as férias em famiglia e tudo pra mim parecia muito leve.

A leveza que falo, desde a viajem, a hospedagem, o cafés, as refeições e a beira de praia, tudo era muito tranqüilo.

No começo dos anos 70, em um fusca 1965, viajávamos eu, meu irmão, minha mãe e meu pai, rumo ao litoral, lá nos juntávamos à famiglia de meu tio com minha tia e meus primos.

Das características únicas desta época, traduzidas para os dias atuais é sobre isto que estou querendo falar depois desta breve introdução, por exemplo:

Tínhamos uma intimidade tão grande com o lugar que estavamos hospedados, que minha mãe e minha tia, como italianas que são sempre sugeriam o cardápio para as cozinheiras do hotel, e assim faziam sucesso junto aos outros hospedes com receitas genuinamente italianas, e nós orgulhosos, sentávamos a mesa para degustar de comidas comuns para nós, mas no momento celebre, pois tinham pitadas de nossas raízes.

Tínhamos horários estabelecidos para tudo, café, almoço, cesta, praia e jantar e até o horário para sentar em frente ao hotel para ver o movimento do local, pois tudo isso fazia parte da tranqüilidade que me refiro.

Para qualquer momento que chegássemos ao mar, nunca precisamos disputar lugar na areia, tínhamos nosso local definido, perto do salva vidas, éramos quatro crianças.

Quarenta anos depois, quando pensamos em fazer tudo isso, o que nos vem à cabeça? vou ter que passar por tudo aquilo de novo, engarrafamentos gigantescos, gente estressada, filas nos mais variados estabelecimentos, pessoas brigando por gelo, comida, lugar na areia, estacionamento de supermercado, entre outros problemas, como som com volume inadequado e escolha musical péssima, assim passamos momentos que nem sempre são satisfatórios e tranqüilos como nos anos 70.

Em contraponto, hoje temos um crescimento populacional tão grande, que a capital não morre como anos passados, tenho visto e vivido Porto Alegre independente do veranismo, a cidade vive por si só, temos muitas atrações, como o porto verão alegre, que é ótimo, com muitas atrações, pontos da noite lotados durante a semana e também aos fins de semana, e restaurantes como no meu caso e outros restaurantes, que aos fins de semana tem movimentos nunca antes alcançados por outras casas a dez anos para traz por exemplo

Por isso falo da independência da província, pois sempre no verão, estabelecimentos deveriam enxugar suas folhas, e sobreviver aos dois meses de veraneio, meses duros!

Hoje temos a certeza e a alegria de receber nossos clientes, pois a capital mostra uma força muito grande no verão,

Por isso escrevo sobre “che si manggia”, o que se come em italiano, o porto alegrense não nos abandona mais no verão.

Pépe Laytano

Chef di cucina