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Destino, sorte, acaso?

Postado por kadu Moliterno em terça, agosto 2, 2011

Todos nos temos nossos limites, sabemos com o tempo, que com a experiência, a determinação e muito trabalho, esses limites podem ser vencidos, mas existem aqueles desafios que sabemos que as chances de deixar essa vida são claras e ate fazem parte do esporte. Como dropar JAWS, ou mesmo TEAHUPOO. Já tivemos provas, em que profissionais que depois de passaren por um sufoco, pelo trauma de quase perder a vida os fizeram recuar, e tiveram de assumir publicamente o medo de enfrentar a morte de frente. E natural ter medo, mas existiram grandes campeões arrojados e determinados a vencer acima de qualquer coisa, que nos deixaram com saudades de suas vitorias, em acidentes que fazem parte da vida do esporte. Como SENA e PEPE. Vou contar uma historia que presenciei no Hawaii anos 80. Amanhaceu aqueles dias perfeitos, sem vento e com previsão de suel entrando durante o dia, isso quer dizer que vc poderia estar dentro dagua com 4 pes de onda e em duas series o mar passar pra 12 pes. As 5 e 30h, já com um cha de ginseng , no carro segui ate Pipeline, o mar estava com series de 10 pez, banzai, já com umas 15 cabecas na água, observei algumas series e voltei pra casa pra o brekfast e resolver onde iria cair. Resolvi cair em Jakols, uma esquerda que quando quebra Pipe, La Tb tem altas ondas com 6 a 8 pez, depois da caída resolvi voltar a Pipeline, agora com sol 10h damanha, vários fotógrafos na areia, e o espetáculo de Pipe clássico acontecia. Pra checar quem estava na água peguei meu binóculo e quando entrou a serie um maluco que estava sentado aut side de Banzai, remou feito um alucinado atras do pico, pensei comigo essa cara vai morrer...ele dropou colocou pra dentro da maior da serie do dia que havia entrado torta na bancada e sumiu, a onda fechou com ele la dentro e a praia fez aquele sonoro HOOOO, continuei atento pra ver se ele subia, depois de uns 2 minutos aparece um pedaço de prancha na areia e logo atraz o surfista agarrado a uma rabeta com a cordinha ainda amarrada no pe. .Quando consegui focar o binóculo tive uma grande surpreza, era PEPE, o nosso amigo campeao de vôo livre e surf Pepe Lopes, gritei pra ele fala Pepe ele disse já e a 3a prancha que quebro hoje, o Bil Barnifield ta loco comigo, vou buscar outra o mar ta alucinante Contei essa historia pra tentar ilustrar como se deve enfrentar os desafios e como saber ate onde vai o nosso limite, ate onde podemos chegar em segurança? Na verdade quem dropa uma onda em cima de uma bancada raza de coral, ou poe pra dentro de um tubo, sabe que tem a chance de se machucar feio, ou nunca mais sair e voltar vivo pra casa. Quando conseguimos vencer o medo, e porque estamos muito bem preparados e confiantes pra realizar aquela aventura. Acidentes acontecem como o que matou Pepe, mas se ele não fosse arrojado e destemido ainda estaria entre nos, mas talvez não tivesse chegado ao topo do mundo como campeão mundial. Essas coisas não se explicam e nem devem ser investigadas, fazem parte do milagre da vida. Existem outras situações em que o destino nos coloca, como quando estava na ilha de Kauai , na praia de Hanaley bay, uma direita perfeita que quebra numa Bahia, que atura ate 12 pes, nesse dia eu estava com a minha 76 ,( prancha pequena praquele tamanho de mar) e achei que se caísse no inside poderia dropar algumas ondas, a família estava na areia, kenui com 1 ainda mamando no peito, lanai com 3 e kauai 6 anos com a mãe, eu me despedi voa surfar e já volto,, entrei no mar pelo canal, e quando estava chegando na metade do caminho, a corrente muito forte começou a me puxar pra fora , tentei dropar uma intermediaria, a onda estava fechada, cai e a cordinha arrebentou na hora, fiquei na zona de impacto, com a corrente me levando pra baixo do pico, pensei chegou a minha hora nadava forte mais não saia do lugar, estava cansando, lutando pela minha vida, quando do nada apareceu um hawaiiano de Jet Sky e me resgatou, me levou ate minha prancha, e disse cuidado garoto, não e sempre que estou por aqui. Na verdade em Hanaley era realmente raro naquela época aparecer algum Jet Sky, e nesse dia esse hawaiiano resolveu dar um passeio na Bahia. Quando voltei pra praia, e encontrei meus filhos ainda brincando de castelo na areia, pensei que nunca mais poderia ver essa cena, minha vida esteve por um fiu, eles estavam tão felizes brincando que nem notaram a minha presença, e eu também resolvi quardar aquele momento so comigo e não comentei nada. O destino tinha me pregado uma peca, passei a dar mais valor ainda ao milagre de estar vivo, e a acreditar cada vez mais no destino. Dropar JAWS e um sonho de muitos surfistas ao redor do mundo, com a chegada do Jet Sky essa aventura se tornou mais viável, perigosa, mas possível, ate pra aqueles que jamais imaginaram estar descendo uma montanha de água com uma prancha preza aos pés. o que não e o meu caso, pois tenho vontade de ainda aos 60 anos dropar JAWS e fazer historia pra os meus filhos e netos. E saudável ter desafios, buscar o limite, te deixa mais vivo que outro mortal, quanto mais próximo da morte agente esta mais vivo agente fica. Alquem já disse essa fraze, acho....rsrs Hoje em dia e cada vez mais fácil de se ver pessoas com mais de 60 anos, buscando seus limites , como a nadadora Diana Nyad de 61 anos esta se preparando pra vencer a distancia entra Cuba e a Florida, nadar por 60 horas no mar com tubarões, coisa que antigamente so se imaginava tal feito ser conseguido por um jovem. Estar entre a vida e a morte, e ser salvo e uma emoção necessária pra agente dar mais valor a vida, a saúde e a família! Já senti isso algumas vesez no Hawaii, e Tb gravando cenas de perigo para o seriado ARMACAO ILIMITADA, mas essa e uma historia que merece um capitulo so dela. Vejam o que esse campeao mundial de windsurf faz em JAWS, tenho certeza que vão entender melhor a relação entre medo, limite e prazer.

Aloha!

Boas ondas na vida!
Kadu

Postado por kadu Moliterno.

 


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Kadu Moliterno

Ator,Surfista
Rio De Janeiro
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