Diário de um viajante
O lugar do estrangeiro? Que saudade que dá!
Estar em outras terras, o clima, as pessoas, os cheiros, a comida, os hábitos tudo se transforma, tudo nos movimenta, é como se tivéssemos a oportunidade de dar passagem para novos olhares. Novos respiros!
Tudo isso pode ser muito gratificante, afinal, saímos de uma vida para buscar e nos alimentarmos de outras coisas, de outros encontros, em busca de liberdades.
Aí podemos pensar um pouco no lugar da saudade: mesmo que nosso desejo esteja apontado para novas aberturas, parece que vem uma força, uma força intensa, que quase nos paralisa, que nos provoca lágrimas, como se fosse um desejo imediato da presença de tudo que vivemos e nos reconhecemos. Afinal, estamos indo para uma terra desconhecida! Precisamos desbravar novos caminhos, mas como fazer isso?
Nesta hora, lembro-me de uma frase do Antonio Machado que diz: Caminhante, não há caminho; faz-se caminho ao andar.
Não existem receitas de bolo para tal tarefa, quando falamos da vida de cada sujeito que se coloca nessa travessia. Entretanto, escutamos algumas experiências e podemos nos nutrir delas. Como cada um lida com a saudade,com o medo que surge, com há falta provocada pela distância da família, amigos, conhecidos?
Essas questões têm sido discutidas e pensadas por viajantes, e pessoas que saem do seu lugar de segurança. Cada um vai achando a sua formula, seja buscando aprender o novo idioma com toda a entrega, seja buscando os pares para se sentir mais perto do lugar amado, seja caminhando, fazendo exercícios, indo para novos lugares de referência (como escolas ou cursos).
O importante mesmo é tirar um caldo dessa experiência, que possa produzir vida, que traga conexões com coisas significativas de nossas histórias, que possamos nos descobrir de outros modos e nos sentirmos cada vez mais fortalecidos.
Portanto, caro leitor, todos esses sentimentos que nos perpassam nessas novas moradas são naturais, o desafio é caminhar, é fazer sentido para o que procuramos. Para isso criamos esse espaço, espaço para falar do que se sente, para termos uma rede de apoio, de encontros. Se você deseja falar um pouco mais da sua experiência, contribuir com os nossos escritos, pode enviar email para : diariosdeviajantes@jornaldoturismoonline.com
A vida é arte do encontro, embora haja tantos desencontros... Vinicius de Moraes
Tags: diário de um viajante dublin ireland irlanda