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Comportamento Policial

Postado por Segurança - Por Renato lampert em quinta, março 1, 2012

De acordo com Yves Michaud, a polícia faz parte de grupos que são profissionalmente ligados à violência. Incumbida de seu controle, ela tem uma prática desta que não se conforma necessariamente às regras prescritas pelas autoridades competentes. Seria ingênuo tratar esse hiato como se não existisse.

O primeiro ponto que deve ser notado refere-se à situação virtualmente neurótica do policial: ele deve representar a regra, tende a identificar-se com ela, e tem por profissão estar sistematicamente atento à irregularidade - quando os demais, ao contrário, se baseiam nas regularidades. O uniforme e o armamento o singularizam. Tais condições particulares tendem a atrair para a polícia sujeitos já agressivos. Ora, o trabalho diário do policial não é dedicado unicamente à violência e consiste, em boa medida, a resolver pacificamente conflitos menores, a intervir em situações tensas e a fazer pessoas reticentes adotarem comportamentos que na verdade são de seu interesse; o policial se incumbe de uma série de atividades às mais variadas, desde uma simples briga de vizinhos, saída de escolas, tráfico de drogas, confronto com assaltantes, até situações de sequestro e captura de pessoas. Diante dessa diversidade de atribuições, a tendência foi diferenciar as funções policiais. Unidades especializadas foram criadas para o enfrentamento das situações peculiares. Há unidades de combate às drogas ilícitas; outras que cuidam das quadrilhas, homicídios, policiamento normal preventivo, investigações e grupos táticos especiais para situações de alto risco.

Com relação às cansativas condições da função policial e aos riscos que elas criam, o aprimoramento da formação psicológica é fator preponderante. A constituição de equipes mistas, menos machistas e a mistura de policiais de origem étnica ou de comunidades diferentes, permitem diminuir as tensões.

Do mesmo modo, apesar do aparente paradoxo, um armamento eficiente e meio de comunicação sofisticados diminui o medo e o sentimento de insegurança do policial perante seus adversários, contribuindo, assim, para torná-lo menos agressivo e, por conseqüência, mais seguro de si.

 

Referência

La violence – Yves Michaud – Presses Universitaires de France – 1986.

 

Renato Lampert  - Delegado de Polícia Federal – aposentado

Professor da Faculdade de Tecnologia Pastor Dohms – Tecnodohms – Porto Alegre/RS


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