Cultura da Tela
A cientista britânica Susan Greenfield, especializada em fisiologia do cérebro e professora de farmacologia sináptica da Universidade de Oxford, do Reino Unido ensina: “Sabemos que o cérebro humano vai mudar, a pergunta é se para o bem ou para o mal. As novas gerações estão se afastando da interação humana, dos abraços, dos cheiros, e isso é um exemplo do que será a vida no século 21. A cultura de tela de computador está gerando uma mudança mental equiparável à mudança climática”.
A pesquisadora acredita que as consequências da cultura da tela serão sentidas em três aspectos principais:
1) Informação versus conhecimento. As pessoas detectarão padrões e processarão informação com rapidez. No entanto, informação não é conhecimento. Entender conceitos e estabelecer relações, comparar e colocar os dados em perspectiva são habilidades que se aprendem interagindo com outros, lendo livros. O cérebro humano adapta-se ao ambiente; se o ambiente indica que deve falar com um computador, ele fará isso.
2) Assumir e gerenciar riscos. A cultura da tela ensina que os atos não têm consequências – tudo pode ser apagado ou revertido – e que recomeçar é algo natural. No mundo real, porém, as ações causam efeitos. Uma empresa quer que seus funcionários se arrisquem, mas com consciência.
3) Identidade, empatia e socialização. Como a identidade das pessoas será afetada pelo fato de a principal atividade de socialização acontecer nas redes sociais? Vejamos o caso do Twiter – e não há aqui uma crítica à tecnologia, e sim a seu uso – onde as pessoas escrevem coisas como: “Olá, eu me levantei, comi cereais, calcei minhas meias”. Quem se importa? Parecem
as crianças quando dizem: “Olha, mamãe, olha o que eu consigo fazer”. Se a mamãe não olha, elas não existem. Hoje, o sentido da identidade está dado pelo outro, Muito Facebook e pouca interação.
Consulta: http://www.susangreenfield.com/
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